Jailson Moreira - Filosofia e Violência
Este Blog trata essencialmente de pesquisas acadêmicas realizadas na área da Violência. Na tentativa de contrução de possíveis interlocuções entre a Filosofia, a Antropologia, a Sociologia e a Psicanálise. Mas, tendo como foco a interpretação filosófica sobre o tema.
domingo, 17 de abril de 2011
Violência e Cultura
O ser humano é o único animal que mata por questões fúteis. O único com uma capacidade para um tipo específico de mal ou algum tipo de violência pré-determinada e sem ganhos imediatos. Isto foi possível porque foi o único animal que desenvolveu uma cultura mais complexa e porque obteve uma linguagem que lhe permitiu elaborar planos de longo prazo e combinar estratégias de grupo.
Violência: Gilberto Velho - UFRJ
A violência contemporânea surge da imagem explorada e comercializada nos meios de comunicação de massa, ao reforçarem a cultura do medo e a banalização da violência. Além dos valores individualistas, como o consumismo desenfreado, que influenciam a rotinização da violência. Assim como o tratamento do outro como objeto, em detrimento de sua condição de sujeito de direitos, que tem se reforçado com o aumento da exclusão econômica. E, fundamentalmente, a perda da “indignidade” com a dor do outro e a aceitação da violência contra grupos minóricos.
Sérgio Adorno - NEV - Núcleo de Estudos da Violência - USP
É uma particularidade do viver social, um tipo de negociação, que pelo emprego da agressividade visa solucionar conflitos que não se deixam resolver pelo diálogo e a cooperação.
Durkheim - Violência para a Sociologia francesa
É um estado de fratura nas relações de solidariedade social e em relação às normas sociais e jurídicas vigentes.
Teoria freudiana sobre a Violência
“Dualidade pulsional” - coexistência dos instintos de vida e de morte. A violência seria constitutiva do sujeito, podendo ser "domesticada" através da Evolução Cultural.
Posição da Antropologia contemporânea sobre o tema da Violência no Brasil
Há várias modelos de violência. O maior problema é quando o “denuncismo” centraliza a observação e a intervenção no campo da defesa, disseminando uma posição “catastrófica” do fenômeno. Deve-se estudar não só os conflitos de gerações e a violência institucional. É necessário também estudos no campo das “micro-relações” e na subjetividade dos sujeitos, como forma de compreensão analítica do fenômeno.
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